sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aion - o meu review

Aion. Um jogo que veio trazer outra dinâmica ao mundo dos MMO's, devido a dar-nos a possibilidade de ter asas e poder voar. Mas será que é isto o único que o diferencia de outros jogos?

Após 5 meses de estar oficialmente no mercado, o Aion foi sem duvida um MMO que surpreendeu pela positiva, mas claro que também temos de dar atenção ao que nos surpreendeu pela negativa.

Vejo este meu review, como um pensamento pessoal, aquilo que achei deste jogo enquanto o joguei.

Quando entramos no mundo de Atreia pela primeira vez, os nossos olhos começam a brilhar ao ver o jogo que acabamos de comprar.
A beleza dos gráficos, a selecção de cores, parece que que tudo brilha, ficamos logo com a sensação que fizemos uma boa compra e que valeu a pena apostar na compra deste jogo. Isto é verdade, existem poucos como o Aion, a beleza dos seus grafismos desperta-nos logo a atenção, é nesta altura que deixamos de dar atenção a outros pormenores, pois com estes gráficos, o Aion facilmente nos desvia a atenção, fazendo passar tudo o resto para segundo plano.

Aquilo que se tem dito um pouco por todo o lado, o Aion apenas pelos primeiros 10 níveis valem a pena. Não partilho desta afirmação, para vermos a beleza de um jogo como o Aion, temos de percorrer todos os caminhos do jogo, pesquisar, aprender o jogo, é preciso deixar-mo-nos envolver na sua história (ainda que neste ponto o jogo tenha algumas falhas, pois nem nos apercebemos da história de Atreia e do mundo do Aion).

Logo nos primeiros níveis ficamos a saber que existem duas raças jogáveis no jogo, Elyseans e Asmodeans. Existe ainda umas terceira raça não-jogável, os Balaur. O primeiro contacto a sério que temos com a raça contrária vem apenas no nivel 20, onde somos teleportados para o meio do mapa da raça adversária. na minha opinião é um pouco tardio este contacto, devia começar a ser feito em niveis mais inferiores, não talvez pelo tradicional "rift", mas sim por instâncias de pvp.

À medida que vamos avançando no jogo, e quanto mais subimos o nosso nível, vemos que o PvPvE é constante neste jogo. Este começa-se a notar mais a partir de nível 25, quando começamos a ter acesso ao Abyss, uma terra de ninguém, onde a palavra de ordem é matar tudo o que se move. É também neste nível que muitos jogadores se arrependem de ter comprado o jogo. Isto porque no Abyss, não existem regras de PvP, e não é muito agradável sermos "gankados" por alguém com mais 20 níveis que o nosso, por vezes torna-se frustrante. Devido a não existir um regra definida (aqui podemos apontar para uma falha no jogo), um jogador de nível 50, pode muito bem matar um jogador de nível 25, apenas por divertimento, ou por simples maldade. Aqui a equipa do Aion devia aplicar uma regra, afim de evitar que os chamados "high level", não pudessem matar "low levels".

Como o mundo de Atreia é bastante grande e a esta altura existem bastantes quests, é possível avançarmos no jogo e no nosso nível, sem sequer irmos ao Abyss, deixando assim para "segundo plano" o chamado PvPvE que o Abyss nos oferece. Mas é também no Abyss que temos acesso à nossa primeira instância, Nochsana Training Camp, uma instância que podemos entrar desde o nível 25 até ao nível 28. Como a entrada fica situada numa zona protegida pela nossa raça, vai ser nesta instância que começamos a persistência, pois devido à sua pouca dificuldade e à boa experiência que esta instância oferece, apenas a deixamos a nível 29.

Claro que nos outros mapas também podemos sempre ter encontros com a raça adversária, e claro que aqui também podemos ser "gankados", mas claro estes "ganks" são menos frequentes, pois devido à rotação do aparecimento de "rifts", deixa-nos um pouco à vontade nos mapas da nossa raça.

"Mas se a outra raça pode vir aos nosso mapas, nós também podemos ir aos deles?" - Claro!!!! Na minha opinião este é talvez um dos melhores divertimentos que se pode ser no jogo em termos de PvP. Pois ao entrar-mos num "rift", e ao aparecermos no mapa dos nossos inimigos, é então que começa um verdadeiro jogo da caça do gato e do rato. É nessa altura que num segundo somos nós o caçador , como no segundo seguinte somo nós a presa. Na minha opinião um dos melhores divertimentos que o Aion nos pode oferecer.

Continuando, quando chegamos mais ou menos a nível 30, temos acesso à nossa segunda instância , Fire Temple. Esta uma instância já com alguma dificuldade, ao minimo descuido uma party pode levar wipe.

É também nesta altura que começamos a entrar num mundo de persistência. A escassez de quests, e falta de objectivos começam-se a notar já nestes níveis. Pela minha experiência, é no nível 34/35 que acaba o divertimento neste jogo, e começa a persistência (grind). Começa então um penoso caminho para atingir o nível seguinte. Mais uma vez a falta de quests, e objectivos, tornam esse caminho ainda mais complicado, vemo-nos assim obrigados a repetir a mesma instância (Fire Temple)vezes sem conta, até nível 40.

A partir de nível 39/40 as coisas melhoram um pouco, pois nesta altura, existem bastantes quests disponíveis, o cenário de persistência acalma um pouco, isto também devido ao facto de nesta altura termos acesso a várias instâncias (Alquimia, Steel Rake, instâncias das Fortresses) e também a zonas de Elites (Bakarma, Lepharists, Mist Mane,Alukina). Até level 45 esquecemos um pouco a persistência(grind) e reparamos que nesta altura apenas é possível alcançar facilmente o próximo nível se andarmos em party, pois estas zonas já começam a requer uma certa organização de partys.

Mas devido à existência de certas quests, caímos facilmente no caminho da persistência, pois o "reward" delas é bastante aliciante.

Nesta fase do jogo, e a partir de lvl 46/47, começa o verdadeiro grind do jogo, as quest de campaign começam a escassear, tal como as quests normais. É nesta altura que nos vemos obrigados a entrar na persistência, a fazer quests repetitivas, repetir instâncias vezes sem conta, apenas para subir um pouco a nossa barra de experiência. Mas também é nesta altura que começamos a ter acesso ao primeiro PvPvE organizado, as Dreadgions. Claro que até aqui existem algumas lacunas (os mobs não detectam a skill "Hide II"), fazendo que uma equipa com vários Assassins, consiga levar a melhor....

Se pensam que quando atingimos o nível máximo chegamos ao topo, ficam desde já avisados que é nesta altura que muitos abandonam o jogo. Pois para termos acesso a melhores equipamentos, é necessário continuarmos a nossa aventura num mundo de persistência. Pois para arranjar items para essas quest pode tornar-se um pouco penoso. É por isto que muita gente abandona o jogo a este nível.

Claro que no Aion para além de subir de nível, temos também o crafting e o vitality/aether. Desde os primeiros níveis que começamos a fazer gatherer de items. Isto sim é persistência, pois é bastante penoso passar horas a olhar para duas barras a subir, tanto no gatherer como no crafting. Aqui a equipa de programadores do Aion devia ter uma certa atenção.

Resumindo isto tudo, conseguimos perceber que o Aion é um jogo que nos consegue prender ao computador por bastantes horas. Conseguimos perceber que o Aion é um jogo ainda a necessitar de algumas mudanças e conteudos. Desde a implementação de quests em certos niveis, à propria mecânica do jogo.

Fica aqui uma pequena lista daquilo que alterava/adicionava ao Aion:
  1. Mais quests em certos niveis;
  2. Não permitir jogadores de niveis altos matar jogadores de niveis muito abaixo do deles;
  3. Diminuição na persistência do craft e gatherer;
  4. Aumento de drops de items raros nas instâncias;
  5. Alargar o horário das Dreadgions, afim de estas estarem sempre acessiveis;
  6. Mobs da Dreadgion detectar a skill "Hide II";
  7. Facilitar passagem para "Expert" no craft à excepção do "Cooking";
  8. Adicionar um "Mentor System", para que a ajuda a "lowbies" seja maior;
  9. Junção de servidores, pois os que existem começam a ficar vazios;
  10. Possibilidade de mudança de servidor, incluindo também os servidores Norte Americanos;

Para concluir, e com base naquilo que o Aion é neste momento, pode-se dizer que o Aion é um jogo que não trás incluído um "Easy Mode", apenas teremos de esperar o que nos reserva o futuro, pelo rumo que este jogo leva neste momento, é demasiado cedo para ficar "às moscas", pois é um jogo bastante bom e com grande potencial.

As férias de um gamer

Boas tardes a quem lê isto ;)


Devem se estar a questionar, FÉRIAS???? - "Um gamer nas férias joga ainda mais....."

Não no meu ponto de vista. Estas são umas férias que vou dar mesmo aos jogos.

"Gamer que é Gamer não tem férias.."

Existe uma vida além das vidas que levamos nos MMO's, ainda ontem estive em casa de um amigo, e diz ele pra mim.. "Oh páhhh andas desaparecido, ninguém te mete a vista em cima.."

Foi então que reparei que ando novamente a dar mais atenção a um avatar do que aos meus amigos...A preocupar-me mais com os "problemas" in-game do que os meus proprios problemas...

Já não é a primeira vez que tiro assim uma férias, e espero que não sejam as últimas, normalmente estas surgem quando estou a mudar de MMO, não é este o caso, pois o Aion neste momento é um jogo que me irá certamente roubar mais algumas horas do meu tempo. É pena aquilo andar um pouco às moscas (pelo menos às horas que costumo jogar).

Aconselho toda a gente a fazer de vez enquanto umas "férias" dos jogos, dedicarem se àqueles que gostam e de quem gostamos. Quando passamos muitas horas em frente a um monitor, esquecemo-nos de dar valor e atenção à nossa verdadeira família.
 
Quem me conhece pessoalmente sabe que actualmente, estou a tentar ultrapassar a perda da pessoa que mais amava neste mundo.... talvez por isso me tenha refugiado um pouco nos MMO's, pra tentar esquecer.

Mas como não quero esquecer, apenas não quero cometer os mesmos erros do passado, que é dar mais atenção à gamily do que à própria família e amigos, pois são eles que me conhecem verdadeiramente e sabem aquilo que sou e que estou a passar neste momento.